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FROM PORTUGAL EXIBE QUALIDADE PORTUGUESA NA PV PARIS

A Sampaio & Filhos, Acatel, A Têxtil Serzedelo, Albano Morgado, Anbievolution, Avelana, Brito Knitting, Burel Factory, Casa da Malha, CFM, Crispim Abreu, Familitex, Fitecom, HappyProbility, Joaps, Lemar, LMA, Le Europe, Luís Azevedo & Filhos, Lurdes Sampaio, Magma Têxtil, Modelmalhas, NGS Malhas, Otojal,  RDD Têxtil, Sidónios, TMG Textiles | MGL, Tintex, Trimalhas, Troficolor, Clariause, Filasa | MAF, Siena, Spring, Anjos & Lourenço, Lima & Companhia, Raith são as empresas que integram a comitiva FROM PORTUGAL e às quais se juntam ainda as portuguesas Adalberto, Paulo de Oliveira, Penteadora, Tessimax, Somelos, Riopele e JF Almeida que marcarão presença em mais uma edição da reputada feira PV PARIS, que se realizará de 5 a 7 de Julho, em Villepinte, na capital francesa.

Divididas por quatro zonas distintas – FABRICS, YARNS, SMART CREATION e MANUFACTURING – é com a habitual vitalidade que as empresas portuguesas regressam à grande feira internacional de tecidos da Europa, a PV PARIS, para revelar as novidades e tendências propostas para as coleções Outono-Inverno 23/24.

Como é já habitual um dos grandes destaques da presença portuguesa vai para o Fórum de Tendências FROM PORTUGAL que elegeu este ano como tema a sustentabilidade. Trata-se de “uma paisagem de um camuflado natural e abstrato pincelado por uma paleta onde as associações de verdes quentes, pigmentado de escuro e neutro, ilustram a natureza ambígua e tonificante”, descreve Teresa Pereira, design do CITEVE e curadora do fórum que reunirá alguns dos melhores produtos portugueses. “Destaca-se a qualidade de materiais eco- responsáveis nas diferentes áreas dos fios, dos tecidos, das malhas e da estamparia que combinam qualidade, moda, modernidade e responsabilidade ecológica”, acrescenta ainda.

A participar interruptamente na PV PARIS há 21 edições é com boas perspetivas, inclusive em relação à nova data da feira – que habitualmente se realizava no mês de Setembro – , que a LEMAR regressa a Paris. “A última edição em Fevereiro foi muito positiva. Esperamos que a nova data antecipada seja um fator que auxilie os compradores e designers a organizarem-se mais atempadamente e, em ultima análise, permita um melhor fluxo de consultas e encomendas”, defende Flávio Dias, export departement da empresa vimaranense.

Com uma coleção focada nos princípios da circularidade, a LEMAR “tal como sucedeu na edição passada, trabalha arduamente para garantir e ampliar a qualidade da oferta, com foco nos tecidos que produz de raiz com fibras sustentáveis ou recicladas e sempre certificadas”, avança ainda Flávio Dias. A empresa tem já neste momento várias reuniões agendadas, estando particularmente interessada em desenvolver contactos com os mercados tradicionais da empresa - França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Japão – bem como com compradores da Escandinávia, Europa de Leste e Magreb. “São mercados que têm vindo a crescer exponencialmente”, remata o responsável do departamento de exportação da LEMAR.

Considerando a PV PARIS “uma feira importantíssima e a maior do setor” a Lurdes Sampaio regressa à feira parisiense para apresentar várias novidades. “Tratam-se de novas malhas sustentáveis do nosso projeto RFIVEPROJECT, para além de outras propostas sustentáveis sempre com misturas de fibras naturais, biodegradáveis e recicladas em misturas íntimas ou singelas”, avança Maria Sá, managing director da empresa. A Lurdes Sampaio considera ainda que “esta nova data obrigou à antecipação da nova coleção de inverno 24” o que obrigou a uma primeira fase de adaptação “com menos tempo para a produção da nova coleção e obrigou a reajuste de novos procedimentos no departamento de design e produção”, remata.

Com 10 participações, a Acatel apresenta-se em Paris repleta de novidades, especialmente ao nível da sustentabilidade e circularidade dos produtos. “Toda a nossa coleção é feita em substratos sustentáveis, como o algodão orgânico, o Tencel Lenzing, o E*Retrace (combinação entre os resíduos do grupo Impetus, e outras misturas, como o linho, a viscose, a poliamida, o algodão, e com tecnologia Fibretace, já apresentada na coleção anterior). As novidades a conhecer são duas cápsulas denominadas “Healthcare” e “Sportswear”, que para além de termos bases naturais sustentáveis, a própria fibra já possui funcionalidades. E para acrescentar ainda mais valor às peças adicionamos acabamentos funcionais, de base vegetal ou mineral, que permite igualmente um propósito de funcionalidade”, explica Susana Serrano, administradora e CEO da empresa. Consciente de que a PV Paris apresenta “uma oportunidade de mostrar a estratégia perante uma séries de grupos empresariais”, Susana Serrano lembra ainda que mais do que desenhos ou substratos a Acatel irá “dar a conhecer a nossa oferta em termos de soluções para os parceiros”, nomeadamente clientes de Portugal, Espanha, França, Austrália, Canadá e EUA.

Igualmente confiante revela-se a Sidónios para quem a participação na PV é “obrigatória”. Quem assim o adjetiva é Leandro Silva, international sales da empresa que irá apresentar “um twist em alguns conceitos básicos, jacquard únicos e exclusivos, novas técnicas e possibilidades e muito mais”, desvenda. Quanto às novas datas, a Sidónios encara-as como positivas sobretudo para as marcas “pois muitas delas já teriam uma grande parte do Sourcing realizado em Setembro e a feira seria somente para fechar alguns projetos pendentes. Assim temos a oportunidade de discutir e trabalhar as coleções e os desenvolvimentos com mais tempo e de facto ajudar logo desde do início”, remata o international sales da empresa. 

Pela segunda edição a participar na PV Paris está a Anbievolution que considera “a participação na PV um dos melhores investimentos que se pode fazer a nível de marketing pois é a feira maior a nível europeu”. As palavras são de André Andrade, do departamento comercial da empresa, que deseja ampliar a área de venda internacional “para países como EUA, Canadá, Coreia do Sul e obviamente também o objetivo é aumentar o volume de vendas nos países em que já estamos inseridos nomeadamente França, Itália, Espanha, Alemanha”, conclui.

Quem também é relativamente recente na PV Paris é a Magma Têxtil que regressa a Villepinte para aquela que será a sua terceira participação. “Apesar de sermos recém chegados a esta feira, tivemos uma resposta muito positiva por parte dos clientes. Talvez uma maior afluência na primeira edição, dada a nossa localização, comparativamente com a segunda. A alteração das datas para nós resultou numa aceleração dos procedimentos para terminar a coleção. (...) Estamos expectantes que seja uma feira com a normal afluência, a que a PV Paris nos tem habituado”, defende Joana Guimarães. “Nesta coleção focamos a utilização de fibras eco-friendly e a nossa preocupação com a circularidade dos produtos que criamos. Procuramos utilizar fibras ecológicas e biodegradáveis quer sejam naturais ou sintéticas. Trabalhamos a coleção para responder a pequenos nichos de mercado e prezamos a qualidade dos nossos produtos para promover a longevidade das peças criadas”, desvenda ainda Joana Guimarães a propósito das novidades que a Magma apresentará em Paris.

Na área da fiação são igualmente boas as expectativas para esta edição da PV Paris, a avaliar pelo parecer da Filasa. “Nesta coleção, como habitualmente, vamos manter os nossos ideais de sustentabilidade ambiental, social e económica (...). Destacamos os fios de misturas com carvão de bamboo e soja. O carvão de bamboo provém, como o nome indica, da planta de bamboo que tem rápido crescimento, e o processo de carbonização é feito num ciclo fechado, não libertando assim qualquer tipo de produto nocivo para o meio ambiente. Esta é uma fibra antibacteriana, biodegradável, desodorante, protege de radiações, macia e confortável. Os fios com mistura de soja, apresentam resistência aos raios UV, são antimicrobianos, têm um toque semelhante à caxemira, possuem uma taxa de absorção comparada ao algodão e têm resistência à tração”, descreve Sara Leite, do departamento de marketing da empresa.

Também na área do manufacturing as perspetivas assumem-se positivas, nomeadamente para a empresa Anjos & Lourenço que participa na PV Paris pela terceira vez. “O feedback é positivo, não fosse a conjuntura atual e estaríamos certamente melhor. Na nossa opinião a data não traz grandes alterações, apenas logística”, referem em comunicado. Com o olhar atento nos clássicos mercados europeus, bem como nos EUA a empresa de confecção Anjos & Lourenço aposta essencialmente nos produtos orgânicos/recicláveis e tingimentos naturais.

Em estreia absoluta na PV Paris é com optimismo que a Spring viajará até à capital francesa onde, explica Regina Martins do departamento comercial, apresentará “uma oferta bastante forte ao nível da camisaria (...) e teremos oportunidade também de apresentar novidades, principalmente na área da alfaiataria”. A empresa, que considera o certame “um evento incontornável na indústria têxtil, essencial para que qualquer empresa do setor possa desenvolver a sua estratégia a nível internacional”, tem como principal intenção captar clientes da Europa Central.

A participação das empresas portuguesas PME na PV PARIS é uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto “From Portugal” é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 - Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização e de Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa, tendo um montante de apoio elegível de 6.648.794,78 €, dos quais 3.735.305,80 € são provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Financiamento