Associação Selectiva Moda vania@selectivamoda.com
Os cookies ajudam-nos a oferecer os nossos serviços. Ao utilizar a nossa página, concorda com a nossa política de cookies. Saiba Mais

TÊXTEIS FROM PORTUGAL PRONTOS PARA VOLTAR AO FLUXO DE CONTACTOS LONDRINO

Ponto de encontro para a moda britânica e em stand by desde janeiro de 2020, a London Textile Fair regressa nos dias 13 e 14 de julho ao Business Design Centre, em Islington. Fitecom, Fábrica de Tecidos Vilarinho e Lemar fazem-se representar com as suas coleções de Outono-Inverno 2022/23 e highlights da coleção Primavera-Verão 2022 nesta que é uma feira que tem vindo a consolidar a sua posição de referência internacional.

As empresas portuguesas já estão a postos para, nos próximos dias 13 e 14 de julho, apresentarem ao comprador londrino as suas coleções Outono-Inverno 2022-23 no Business Design Centre. Volvido mais de um ano desde a última London Textile Fair, a Fitecom, Fábrica de Tecidos Vilarinho e Lemar mostram-se expectantes com o regresso ao formato presencial.

O mercado britânico é tradicionalmente muito representativo no universo de clientes da Lemar, por isso, Flávio Dias espera o melhor neste regresso ao presencial: “as expectativas são realistas – esperamos o melhor, tendo em conta a nossa carteira de clientes nesse país”. O responsável pelo mercado do Reino Unido partilha ainda que, apesar desta carteira mostrar-se “bastante ativa mesmo nos últimos 18 meses pouco ortodoxos”, a incerteza continua a existir relativamente à afluência de profissionais ao espaço da feira. Nesta edição, a Lemar dará um grande enfase aos tecidos de base sustentável. Flávio Dias conta que “a Lemar tem um historial de pioneira na utilização de fios europeus certificados, que podem ser de poliéster reciclado de plásticos do mar (SEAQUAL) ou recolha urbana (NEWLIFE), de poliamida biodegradável (AMNI SOUL ECO), viscose resultante de fonte renovável (ECOVERO) ou ainda um novo poliéster reciclado e biodegradável (YARNAWAY)”. Segundo o mesmo, “a combinação destes elementos diferenciadores com o design de telas inovadoras e o recurso a acabamentos mais ecológicos – TEFLON ECO ELITE de base vegetal – permite a oferta de um leque de tecidos bastante transversal na sua utilização”, como por exemplo banho de homem, outwear, sacos e malas, cadeiras e carrinhos de bebé, ou mesmo calçado. A questão do Brexit não parece abalar a têxtil de São Jorge de Sellho que afirma já ter alguns contactos estabelecidos. “O cliente inglês é por natureza resiliente e proactivo e os laços com o tecido industrial português são bastante estreitos”, afirma Flávio Dias dando conta que as encomendas registaram números francamente positivos. Contudo, finaliza com a ideia de que “ninguém sabe ao certo quanto os efeitos do Brexit poderão ter sido camuflados pela pandemia”.

A Fábrica de Tecidos Vilarinho, presença habitual na London Textile Fair, estará representada com os seus artigos de camisaria, nomeadamente flanelas. “Infelizmente a nossa coleção está atrasada, devido à pandemia e às baixas que tivemos, portanto, só vamos expor 50% da coleção”, partilha Ivone Ribeiro. A comercial afirma que apesar de terem enviado muitos convites e feito publicidade, neste momento é tudo uma incógnita: “há cerca de um mês as pessoas estavam mais otimistas, agora com o aumento do número de contágios estão a retrair-se novamente”.

Quanto à Fitecom, João Carvalho espera que a passagem ao presencial traga uma dinâmica diferente: “há de facto uma expectativa que estas feiras consigam imprimir uma dinâmica a curto e médio prazo como aquela que existia antes da pandemia”. O administrador mostra-se consciente da acumulação de produtos por parte das lojas, no entanto, não deixa de esperar o melhor, “as feiras de Paris e Milão, sobretudo a de Paris, superaram as expectativas, vamos ver se esta não se deixa ficar para trás ”. Os produtos serão pelo menos os mesmos: “temos laminados (bilaminados e trilaminados) e temos um investimento significativo na área da sustentabilidade, como o poliéster reciclado, nylon reciclado e lãs provenientes de rebanhos não estabulados”. Relativamente ao impacto do Brexit, o administrador da Fitecom afirma vender moda e não política. “Exportamos quase tudo tanto para a Europa como fora da Europa, portanto, estamos habituados a lidar com países fora da União Europeia. O Brexit não é uma barreira, a burocracia ultrapassa-se facilmente desde que haja vontade”, remata.

A participação das empresas portuguesas PME na London Textile Fair é enquadrada pelo From Portugal, uma iniciativa da Selectiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto “From Portugal” é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, tendo um montante de apoio elegível de 11.042.311,82€, dos quais 6.065.501,91€ são provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Financiamento