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REVOLUÇÃO PORTUGUESA DO FIO AO VESTUÁRIO

28 expositores portugueses estão na Première Vision Pluriel para apresentar uma oferta completa do fio ao vestuário, numa mostra que exibe o saber-fazer das empresas lusas, com matérias-primas nobres, técnicas revolucionárias e produtos inovadores.

28 expositores portugueses estão na Première Vision Pluriel para apresentar uma oferta completa do fio ao vestuário, numa mostra que exibe o saber-fazer das empresas lusas, com matérias-primas nobres, técnicas revolucionárias e produtos inovadores.

Habituadas a trabalhar com as principais marcas internacionais, as empresas portuguesas regressam ao icónico salão de Paris para ditar as tendências das próximas estações. Na Expofil, a Tearfil, do grupo António de Almeida & Filhos, propõe os fios com que se vão criar os tecidos e malhas da primavera-verão 2015, pautados por uma vasta paleta de cores, estruturas e composições. 

Já na Première Vision, entre expositores de malhas e tecidos, Portugal conta com uma delegação de 18 empresas – A. Sampaio & Filhos, Albano Morgado, Adalberto Estampados, Arco Têxteis, Fitecom, Gierlings Velpor, ITS/Somelos Tecidos, Lemar, Living Colours, LMA, Lurdes Sampaio, Paulo De Oliveira, Penteadora, Riopele, Tessimax, Teviz, TMG e Troficolor – com coleções repletas de originalidade para o outono-inverno 2014/2015.

É o caso da Penteadora, empresa pertencente ao grupo Paulo De Oliveira, o maior da Europa em lanifícios e que inclui ainda a empresa epónima e a Tessimax, que reforça o seu ADN de precursora em inovação com o desenvolvimento do primeiro tecido com Kermel ”made in Portugal”, apresentado oficialmente no salão parisiense e que tem a França como um dos seus mercados-alvo. «Com o aparecimento de um fabricante nacional, o potencial exportador das empresas nacionais contrapõe-se de forma significativa à tendência importadora até agora existente, com todas as vantagens que dai advêm para a nossa balança comercial», considera o diretor de vendas António Teixeira.  

Numa estação fria, não podem faltar os luxuosos veludos da Gierlings Velpor. «O grande destaque vai para a oferta de veludos e peles sintéticas estampadas digitalmente – um processo único a nível europeu. Há também uma aposta significativa em veludos jacquard com um portefólio alargado de desenhos», revela João Teixeira Duarte, diretor comercial da empresa pertencente ao Grupo Amorim.

Já na Teviz, a coleção para a estação fria do próximo ano aposta principalmente «nos tecidos para vestuário exterior de senhora, com diferentes matérias-primas, estruturas e acabamentos. Entre as novas propostas sobressaem ainda os tecidos com elastano para blusas e os tecidos jacquard, fruto da renovação do nosso parque de máquinas com 70 novos teares topo de gama, permitindo assim tecidos mais elaborados», explica Paulo Loureiro, que na oferta masculina enaltece a flanela portuguesa, «o nosso atual bestseller», e os tecidos índigo. Novas composições, como por exemplo poliéster/viscose/lã, acrílico/modal/linho e 100% cupro fazem igualmente parte das novidades da Teviz para o outono-inverno 2014/2015, assim como, «na área do enobrecimento do tecido, uma forte aposta no tingimento vegetal para a obtenção de um efeito “manchado” por toda a peça», acrescenta o diretor comercial.

Nas malhas, a A. Sampaio & Filhos inova nos produtos destinados aos segmentos moda e desportivo, assim como em artigos ambientalmente sustentáveis, dentro da gama “Pure Life”. «As lãs feltradas, as felpas fantasia bastante grossas e as misturas com fibras nobres» constituem os principais destaques na área da moda, indica o administrador João Mendes, a que se juntam «malhas com membranas corta-vento e repelentes de água ou ainda malhas de desporto com misturas de lã», acrescenta.

As lãs são, de resto, a estrela do outono-inverno 2014/2015, com a coleção da Fitecom a cumprir os requisitos de conforto e proteção essenciais à estação. «A nossa oferta é pontuada por tecidos para casacos 100% lã, com novas qualidades de lã com elastano. Os pequenos padrões, nomeadamente xadrez com várias tonalidades de azuis e encarnados, são os protagonistas», anuncia o diretor comercial, Luís Filipe. 

No espaço dedicado ao vestuário em malha retilínea – o Knitwear Solutions –, o know-how português é ilustrado pelas propostas da A. Ferreira & Filhos, Carjor e Orfama. «Nesta edição vamos dar especial relevo à qualidade das matérias-primas e da confeção. Estamos na área da tricotagem de artigos para bebé e criança há mais de 45 anos, pelo que dominamos completamente todo o processo industrial. Vamos incidir os nossos esforços na apresentação de fios e tipos de pontos especiais, com predominância de fios com misturas de fibras naturais em estruturas de malha complexas», revela Honorato de Sousa, diretor comercial da Carjor, que tem ainda a certificação Oeko-Tex. 

A Orfama, que se estreia na Knitwear Solutions, aposta, por seu lado, numa coleção «com jacquards renovados com matérias-primas nobres, como misturas de lã/baby alpaca, lã/caxemira, lã/ seda, assim como lã/bambu, lã/cupro, lã/algodão e lã/lurex», desvenda o sales area manager, António Cunha. 

Ainda na área da confeção, mas integradas na feira de subcontratação Zoom by Fatex, a A. J. Gonçalves, a Barbosa & Carneiro/Collove, a Inarbel, a Miguesana/JVP, a Raith Têxteis e a Squarcione mostram com que linhas se cosem o vestuário fabricado em Portugal. «Para a Inarbel este certame é muito importante, tanto para consolidar o mercado francês como para estabelecer novos contactos noutros mercados», aponta José Armindo Ferraz, administrador da empresa produtora de vestuário em malha, com capacidade para diferentes jogos e qualidades. 

Por seu lado, a Raith Têxteis, que propõe «artigos de vestuário de bebé e infantil com materiais certificados e produtos 100% ecológicos», pretende com mais uma presença no salão «aumentar o portefólio de grandes marcas como clientes já que nossa produção é 90% para private label», refere o administrador Joaquim Rodrigues.

Estas empresas têxteis portuguesas participam na Première Vision Pluriel com o apoio da Associação Selectiva Moda, no âmbito do projeto From Portugal financiado por fundos comunitários (QREN). Para 2013, este projeto engloba um conjunto de mais de 60 ações internacionais distribuídas por quatro continentes – Europa, Ásia, África e América –, que abarcam toda a fileira têxtil e moda, desde os fios e tecidos ao vestuário e têxteis-lar, passando pelos têxteis técnicos.

Financiamento