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ALEMANHA NA LINHA DE MIRA

É o mercado mais apetecível do Velho Continente. Por isso, cada vez mais empresas de tecidos “made in Portugal” apontam baterias para potenciais e atuais clientes germânicos. E a Munich Fabric Start assume-se como a melhor plataforma para centro de operações.

Os tecidos portugueses registam grande procura na Alemanha, que ocupou a segunda posição no rol dos principais compradores entre janeiro e novembro de 2011, num total superior a 50 milhões de euros. A categoria de tecidos de fibras sintéticas ou artificiais é a mais exportada para a Alemanha (cerca de 18,7 milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2011), que é mesmo o melhor cliente de Portugal, seguida pela categoria de tecidos em lã, cujas exportações atingiram os 8,58 milhões de euros no mesmo período (mais 6,6% em comparação com 2010). E a tendência vai reforçar-se na medida em que o número de empresas que aposta neste mercado, através da participação na Munich Fabric Start, o principal certame do setor no país, é de peso e de valor: Living Colours, Arco Têxteis, Fábrica de Tecidos Vilarinho, Troficolor, SanMartin, Paulo de Oliveira, Teviz, Somelos Tecidos, Adalberto Estampados, A Penteadora, Lemar e Tintex.

«Trata-se de uma feira muito interessante, que não só abarca o mercado alemão como também os países vizinhos», afirma Mário Jorge Silva, administrador da Tintex, empresa especializada no tingimento e acabamento de malhas. Uma estratégia também ela seguida à risca pelas empresas de tecidos Teviz e SanMartin. «Queremos, acima de tudo, consolidar a nossa posição no mercado alemão e entrar no mercado holandês através deste certame, também ele visitado pelos países vizinhos», revela o diretor comercial Paulo Loureiro. Já Filipa Almeida, gestora do mercado internacional na SanMartin, explica que «pretendemos com esta aposta, essencialmente, consolidar a nossa presença nos mercados alemão e austríaco, onde de resto temos já uma forte carteira de clientes».
 
Deste modo, as coleções para o outono/inverno 2013-2014 foram preparadas ao pormenor e as novidades pululam. «Vamos apresentar, pela primeira vez, uma pequena linha de senhora, essencialmente composta por viscose/poliéster e viscose/acrílico. Além disso, levamos misturas de algodão/lã e de lã/poliéster, sobretudo em falsos lisos. As tradicionais flanelas são também artigos que uma vez mais estão presentes nesta coleção», indica o diretor comercial da Teviz. Nas propostas de tecidos da SanMartin para a estação fria, as rendas têm o papel principal na sua múltipla personalidade: com pedraria, renascentistas, nobres, mas também simples e modernas, com efeito segunda pele ou guipure; enquanto na oferta de malhas da Tintex, o destaque continua a ser o bestseller da empresa, a malha com Tencel, mas também há lugar para malhas ricas em lã, seda e caxemira. «Os nossos produtos coadunam-se na perfeição com o mercado germânico e limítrofes, uma vez que apostamos muito em fibras ecológicas com acabamentos funcionais», sublinha Mário Jorge Silva. «Mais que angariarmos clientes novos, esta feira traz-nos a oportunidade de estar ainda mais perto dos nossos clientes do dia-a-dia e lhes podermos apresentar, de forma presencial, a nossa coleção que tanto nos distingue dos demais concorrentes e vivenciar a reação entusiasta dos mesmos às novidades», conclui Filipa Almeida.

Estas 12 empresas portuguesas participam na Munich Fabric Start com o apoio da Associação Selectiva Moda, no âmbito do projeto From Portugal financiado por fundos comunitários (QREN). Esta feira de tecidos é uma das 68 ações internacionais em 25 mercados distintos previstas para o corrente ano, que inclui ainda no segundo semestre a Milano Unica em Itália, a Première Vision em França, a Textillegprom na Rússia, a Jitac no Japão e a Intertextile Shanghai Apparel Fabrics na China, num investimento total de 8,85 milhões de euros em 2012.  

Financiamento